É claro que a evolução das espécies existe e a lenda da criação é só história da carochinha! É este seu primeiro pensamento ao ler o título desta matéria? Por que você pensa assim? Você consegue com clareza dizer o percurso completo da evolução de uma espécie que seja, ou mesmo quais são os mecanismos para que ela ocorra? Bem, se você caro leitor, não conseguiu responder a estas perguntas acima, saiba que você não é uma pessoa ignorante, muito pelo contrário, você sabe exatamente o que a ciência moderna conhece sobre o assunto, praticamente zero. Muito se têm discutido, muitos elos perdidos “encontrados”, muito material genético analisado e poucas evidências de que a evolução realmente tenha acontecido.
Charles Darwin (1809-1882) em seu livro “A Origem das Espécies” cuja primeira edição foi publicada em 1859, embora com outro título, propôs que a semelhança entre as características dos animais se devesse a uma origem comum, a um ancestral comum. Infelizmente para Darwin, em seu tempo não se dispunha de tamanha tecnologia quanto da que hoje possuímos. Para se ter uma idéia, na época de Darwin, era possível enxergar apenas o contorno das células através dos microscópios, a célula era então, para os cientistas contemporâneos a ele, apenas uma “caixa preta” que ainda não podia ser aberta. Num ambiente assim, a teoria da evolução poderia se tornar crível, como de fato aconteceu.
Hoje, porém, com o avanço da tecnologia e conseqüentemente da compreensão da bioquímica celular, sabe-se que aquelas células anteriormente tão profundamente desconhecidas, são na verdade micro-fábricas de alta complexidade e precisão. Para se ter uma idéia, em um núcleo celular existe um banco de dados codificado cuja informação supera a soma de 30 volumes da Enciclopédia Britânica. A menor unidade viva, chega a ter 100.000 moléculas, e 10.000 reações químicas inter-relacionadas. O bioquímico Michael J. Behe, Bacharel em Química na Universidade Drexel com pós-graduação em Bioquímica pela Universidade da Pennsylvania trouxe a tona esta complexidade em seu livro, cujo nome é justamente “A caixa preta de Darwin”. Neste livro, Behe consegue demonstrar que os mecanismos possuem complexidade irredutível. Para melhor compreensão do que seria isso, Behe utiliza a metáfora da ratoeira. Se tivermos, por exemplo, uma ratoeira integralmente formada, mas nos esquecermos de colocar o queijo como isca, esta não atrairá sua vítima. De outra forma se esta mesma ratoeira não contiver sua mola principal em sua estrutura, tudo estaria funcionando, porém, o rato não seria surpreendido por nenhuma armadilha.
A partir desta metáfora, se compreende que mecanismos devem ser nada menos que completos para funcionar. Com a metáfora em mente, vejamos alguns exemplos de complexidade irredutível em mecanismos biológicos: o flagelo do espermatozóide é um exemplo clássico. O flagelo é literalmente um motor externo que os espermatozóides utilizam para locomoção, tem hélice, eixo acionador, motor, uma parte fixa e outras estruturas mais. Agora, imaginariamente retire a hélice do flagelo, o que acontecerá? Exatamente, não haveria locomoção, portanto não haveria fecundação do óvulo e nem prole, o que se resumiria na extinção de uma espécie inteira apenas por que retiramos a hélice do flagelo do espermatozóide. Parece incrível, porém é exatamente assim.
Para demonstrar o quão importante é este assunto de complexidade irredutível que permeia todos os sistemas do organismo mais simples ao mais complexo, vejamos outros exemplos. A hemofilia é uma doença que impede a coagulação sanguínea devido à falta de uma substância conhecida como o fator VIII de coagulação. Quando somente esta proteína está ausente toda a cadeia de reações bioquímicas necessária para a coagulação é inútil e a pessoa, se não obter rápido tratamento, vem a óbito. É impossível o processo gradual de evolução nestes sistemas. Não haveria sobreviventes para perpetuar a espécie. Outros exemplos de complexidade irredutível que corroboram a idéia de que seja necessário um planejamento e não causalidade para a existência da vida tal como a conhecemos abundam nas células, como transporte de proteína, transporte de elétron, telômeros, fotossíntese, regulação de transcrição, e muito mais.
Para não nos prendermos a apenas uma classe de argumentos, vejamos outras áreas, como a análise do registro fóssil. É difícil, se não impossível, explicar à luz da teoria da evolução a conhecida Explosão Cambriana, período em que, nas camadas geológicas estudadas através da paleontologia, a maioria dos Filos aparece no registro fóssil sem nenhuma anterioridade. Segundo a teoria da evolução, os grandes Filos surgiriam em sua variedade no decorrer de milhões de anos, porém, temos no registro fóssil a súbita aparição destes. Pegando o gancho neste assunto, a teoria da evolução é incapaz também de explicar a falta de animais de transição destes grandes grupos animais. O que de forma rudimentar seria o mesmo que se perguntar por que não existem “meio-peixes meio-anfíbios” ou “meio-répteis meio-aves”.
É necessário aqui, uma breve explicação. Existe na biologia aquilo que chamamos de micro-evolução e macro-evolução. A micro-evolução é um fato científico. Bactérias realmente adaptam-se a variados meios onde são colocadas, pessoas realmente adquirem características diferentes como olho puxado, cor de pele variada ou tipos de cabelo diferentes. Macro-evolução seria mais do que isso, seria uma mudança radical entre uma espécie e outra, o surgimento de um novo órgão funcional. Como uma asa em um réptil. A micro-evolução então, seria a variação daquilo que já existe e a macro-evolução por sua vez seria a criação de uma nova característica sem precedentes. Para entender melhor, pense em uma gráfica. Imagine que um livro deva ser impresso. Mas infelizmente para a gráfica, uma criança(a criança aqui seria comparada aos efeitos deletérios do sol, meio ambiente, etc.) mexeu no computador sem supervisão e alterou palavras do lugar. A impressão sai então de forma equivocada, embora possa até ter sentido e ser útil. Isto seria micro-evolução. Agora imagine que a mesma gráfica ao imprimir um livro, tenha a surpresa de encontrar mais um capítulo inteiro e completo. Isto seria macro-evolução. Ao entender a diferença entre as duas vertentes da Teoria da Evolução torna-se fácil compreender como pode ser uma vertente um fato e a outra não.
Peço licença ao leitor para sairmos um pouco da área da biologia e ciências relacionadas à vida, para analisarmos as evidências de projeto inteligente mesmo nos objetos inanimados. Existe no Universo apenas 4 forças. Destas forças derivam todas as outras que se conhecem. Temos então as forças nucleares Forte e Fraca, a força da Gravidade e por fim a força Eletro-magnética. Estas 4 forças são conhecidas como forças fundamentais, e são extremamente precisas em sua atuação, tanto que se houvesse qualquer diferença em suas magnitudes o Universo inteiro entraria em colapso. O hidrogênio, por exemplo, não poderia sequer existir, muito menos entrar em processo de fusão, logo estrelas como o sol não existiriam, sistemas solares desapareceriam, você e eu jamais sonharíamos em esboçar um pensamento que seja em relação a estas coisas. O assunto é tão intrigante que cientistas do mundo inteiro ficam espantados com a alta precisão destas 4 forças que comandam o Universo conhecido.
Ainda analisando os objetos inanimados temos a famosa Segunda Lei da Termodinâmica (Entropia), talvez o leitor não a conheça por este nome, mas com certeza conhece seus efeitos. Experimente deixar seu carro exposto ao sol e chuva por alguns anos, enquanto faz uma prazerosa viagem, o que se imagina que aconteceria ao cabo de 5 anos? Ferrugem, tinta quebradiça, ressecamento de pneus e outras coisas desgostosas. E se o leitor deixar um carro enferrujado bem guardado em alguma garagem climatizada por um milhão de anos será que o encontraria em perfeito estado depois de todo este tempo? A resposta rápida e precisa é não. Nós conhecemos bem a Entropia, pelo menos os seus efeitos. No Universo, tudo o que existe está debaixo desta Lei, tudo tende a desordem e não a ordem. Num ambiente onde tudo tende a desordem, e isso é uma Lei física, assim como o é a Gravidade, como se espera que a matéria se organize sozinha de forma a gerar vida, que, diga-se de passagem, é muito mais complexa que um carro? A origem da vida bem como sua evolução não tem respaldo nenhum desta Lei.
Para concluir esta matéria, porém não o meu e o seu estudo acerca deste assunto, quero trazer a mente do leitor a probabilidade matematicamente calculada de realmente ter acontecido uma evolução das espécies. O astrônomo e matemático britânico Sir Fred Hoyle, grande estudioso das origens do Universo diz: "O mundo científico foi iludido e acabou crendo que a evolução fora provada. Nada poderia estar mais longe da verdade.". Hoyle apóia sua afirmação em seu cálculo sobre a probabilidade de surgir casualmente apenas enzimas básicas para a vida. Neste cálculo, a conclusão foi que a probabilidade é de 1 sobre 1 seguido de 40.000 zeros. A lei de Borel define em probabilidade a impossibilidade de um evento ocorrer se o número for inferior a 1 sobre 1 seguido de 200 zeros. Ou seja, a evolução é matematicamente impossível.
Nos dias de hoje, estranhamente, a mídia tenta excluir Deus da ciência, como se houvesse uma impossibilidade de integrar ciência e religião. É bem verdade que revistas consideradas científicas pela população são categóricas ao afirmar que apenas uma visão sobre as origens pode ser considerada e praticamente não permitem que o leitor direcione sozinho seus pensamentos. O foco desta matéria é abrir os olhos daquele que lê para enxergar uma verdade que está sendo propositalmente ignorada. Grandes cientistas da história e da atualidade nunca rejeitaram a existência de Deus e Seu poder para criar, pelo contrário, Johannes Kepler, Nicolau Copérnico, Isaac Newton, Galileu Galilei criam nEle, e fizeram ciência por conta dessa crença. Quanto mais se conhece da biologia, física e outras ciências, mais crêem os cientistas que há projeto na natureza. Temos, como um dos exemplos mais atuais, Francis Collins, diretor do Projeto Genoma, o qual busca identificar, mapear e seqüenciar mais de 3 bilhões de bases nitrogenadas que compõem o DNA humano. Este mesmo cientista escreveu o livro “Linguagem de Deus” e descreve sua crença de que há projeto inteligente em nosso DNA neste livro.
Com estas evidências em mente e com estudos mais aprofundados que tenho certeza, o leitor fará, é possível identificar com clareza qual é a verdadeira história da carochinha. Bons estudos.
(Texto escrito por Thiago Erwin Kreiner)